segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

COMO ACABAR COM A INFILTRAÇÃO PARTE 7

ATENÇÃO!   O conteúdo deste post é meramente ilustrativo e contém dicas importantes de casos que necessitam do trabalho de especialistas como Engenheiros e Geólogos, assim como de casos em que se deve chamar o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil .      


CONTINUAÇÃO DO POST ANTERIOR.


SEQUÊNCIA INCORRETA NA INSTALAÇÃO DA MANTA ASFÁLTICA.



1- OS CUIDADOS:
As Mantas Asfalticas são fornecidas em rolos de 10 metros de comprimento por 1 metro de largura.
Isso significa que para forrar um laje será necessário fazer emendas.
Os fabricantes recomendam que as emendas sejam feitas por transpasse colocando uma faixa de 10 centímetros.
Recomendam também que a sequencia de colocação das mantas seja feita do local mais baixo da laje, portanto junto ao ralo, para o local mais alto.
2- A PRÁTICA:
Na prática, muitos instaladores, talvez por preguiça, preferem começar a instalar as faixas a partir de um dos cantos da laje.
Terminada a colocação da primeira faixa, o instalador dá prosseguinto
Observe que fazendo a montagem das faixas nessa sequencia, as emendas entre as faixas irão ficar voltadas para cima, o que vai facilitar a penetração da água da chuva. Veja em corte o que está acontecendo:
A montagem correta deve sempre começar pela faixa da posição mais baixa da laje, isto é, a faixa que fica sobre a posição do ralo de drenagem:

A faixa F-1 é aquela que fica exatamente em cima do buraco da drenagem, isto é, o ponto mais baixa da laje. Depois segue para o lado esquerdo até o final da laje. Na segunda etapa, monta-se o outro lado, começando pela faixa F-5.

PROTEÇÃO TÉRMICA DA MANTA.

 1- O PRODUTO:
O produto denominado Manta Asfáltica é fabricado sob rígidas condições impostas pela Norma Brasileira NBR-9952.
Ser fabricado em conformidade com uma norma não significa que ela vai durar para todo o sempre.
Significa que se ela for armazenada, manuseada, aplicada e usada sob certas condições ela terá a vida útil desejada.
Veja definições tiradas da Wikipédia:
O asfalto ou alcatrão é um betume espesso, de material aglutinante escuro e reluzente, de estrutura sólida, constituído de misturas complexas de hidrocarbonetos não voláteis de elevada massa molecular, além de substâncias minerais, resíduo da destilação a vácuo do petróleo bruto. Amolece a temperaturas entre 150°C e 200°C, com propriedades isolantes e adesivas. Também denomina a superfície revestida por este betume. É muito usado na pavimentação de ruas, estradas e aeroportos.
Os primeiros registros são de 3000 a.C., quando ele era usado para conter vazamentos de águas em reservatórios, já passando pouco depois a pavimentar estradas no Oriente Médio. Nesta época, ele não era extraído do petróleo, mas sim feito com piche retirado de lagos pastosos.
Lajes expostas à incidência direta dos raios solares esquentam e esse aumento de temperatura vai "cozinhar" a manta que perde suas propriedades mais rapidamente. Uma manta bem protegida pode funcionar muito bem até mais de 10 anos, enquanto que uma manta não protegida vai durar menos de 5 anos.
Para proteger o seu investimento, é importantíssimo colocar uma camada de Proteção Térmica sobre a Manta Asfáltica.
2- A PROTEÇÃO:
Para diminuir a ação danosa da temperatura existem diversos sistemas.
O mais prático é a colocação de placas de ISOPOR.
Isopor é marca comercial, tecnicamente se identifica como EPS que é a sigla de Expanded PolyStirene, isto é, Poliestireno Expandido. Cuidado para não confundir poliestireno com prolietileno com polipropileno e outros trantos polis que são derivados do petróleo mas com características e propriedades bem diferentes.
A fabricação do ISOPOR é regulado pela norma brasileira NBR-11752 Materiais celulares de poliestireno para isolamento térmico na construção civil e refrigeração industrial.
O Isopor pode ser adquirido em placas grandes (1,00X1,00 ou 1,00X2,00 metros) e em diversas espessuras (10mm, 20mm, 50mm, etc.)
Para a proteção térmica da Manta Asfáltica, usa-se a placa de 50 milímetros de espessura. Ela garante uma boa redução da temperatura, protegendo bem a Manta Asfáltica.
3- O CÁLCULO:
Se você desejar fazer um calculo preciso do controle do calor que passa pela camada de isopor, poderá usar a fórmula
O valor de lambda na fórmula acima é um valor médio pois depende da densidade do Isopor.
4- DETALHE CONSTRUTIVO:
No piso aplicar um Isopor com pelo menos 50 milímetros de espessura e nas paredes um Isopor com pelo menos 20 milímetros de espessura.
NOTA: 
1 - O desenho acima é apenas esquemático mostrando apenas o efeito protetor do Isopor.
2 - A espessura acima indicada atende à maior parte das aplicações, entretanto deve-se efetuar o cálculo de dimensionamento em função da Latitude e do ângulo de incidência dos raios solares. 
Não esquecer de proteger também a aba da Manta Asfáltica que sobe pelas paredes. Veja, na foto abaixo, a manta que subia em torno de um pilar que, por falta de proteção térmica, ressecou e sumiu (o local batia muito sol). A fresta deixada pela manta permitia a penetração de água para o espaço entre a manta e a laje.

BORDA DO RALO

1- OS CUIDADOS:
As bordas do ralo são sempre locais que requerem uma atenção especial.
Por isso, os fabricantes de Mantas Asfálticas recomendam aplicar nas bordas do tubo de descida dois tipos de reforços.
Estes reforços são confeccionados em um rebaixo de 10 milímetros, num perímetro de 40 centímetros, feito na argamassa de regularização.
A manta é aplicada sobre esses reforços com parte da manta sendo dobrada para dentro do tubo.
2- O PROBLEMA:
Alguns instaladores, talvez por preguiça, fazem a instalação dos reforços e da borda da manta dentro do tubo normal de queda da drenagem.
Isso causa um problema que é a diminuição do diâmetro útil do tubo de queda. Veja a figura seguinte:
Os reforços e a manta foram desenhados com cores diferentes para facilitar a visualização.
Veja que a instalação dos reforços e da manta para dentro do tubo ocasiona a diminuição do diâmetro interno do tubo de queda.
Como conseqüência, este tubo terá a sua vazão diminuída, ou seja, menos água de chuva irá escoar por aí, causando enchentes pois a quantidade de ralos é calculada em função do tamanho da laje e da chuva mais intensa.
Quando a enchente é de poucos milímetros, não chega a afetar as pessoas, mas se a enchente for de vários centímetros poderá a água da chuva invadir e inundar salas e outros compartimentos internos do apartamento da cobertura.
Além dessa limitação técnica, lembramos que a norma brasileira NBR-9574 Execução de Impermeabilização determina em seu item 5- Condições Específicas que " ... sendo o diâmetro nomial minimo de 75 mm.".
3- SOLUÇÃO:
A solução correta é instalar um conector tipo alargador com um diâmetro maior que o diâmetro do tubo de queda. Veja a figura seguinte:
Com o conector alargador, háverá mais espaço para acomodar as bainhas dos reforços e da manta. Desse modo o diâmetro final podeá até ser maior que o diâmetro original do tubo de queda.

DRENO DA MANTA

1- DRENAGEM DA LAJE:
Em geral, a preocupação do instalador é com a drenagem da água da chuva.
Então, ele capricha na instalação da Manta Asfáltica, do Isopor para proteger a manta do calor solar, do contrapiso e do revestimento do piso. Cuidado especial ele toma na instalação do ralo e seu tubo de drenage.
Pode acontecer de esquecer de se colocar o dreno para escoar a água que fica presa na manta. 
2- O PROBLEMA:
Não é comum mas pode acontecer de esquecerem de instalar o dreno para escoar a água que fica empoçada na manta. Veja o que vai acontecer:
Vai ficar empoçada uma certa quantidade de água entre a boca do ralo e a manta. Essa água não tem para onde escoar e vai ficar presa aí.
Vai apodrecer e começar a criar problemas. Um dos sintomas de problema é a lixiviação que começa a acontecer, ou seja, a água empoçada se torna agressiva e começa a atacar o calcáreo do contrapiso carriango o carbonato para fora através das juntas do piso. Veja uma foto do fenômeno:
Ao chegar na superfície, o carbonato precipita e gruda nas bordas das placas na forma de uma crosta branca bem aderente muito difícil de remover.
Além da questão estética, do trabalho que dá para remover, o processo de lixiviação dissolve o carbonato do contrapiso e da argamassa de assentamento das placas. Passado algum tempo, as placas do revestimento começa a soltar-se.
3- A SOLUÇÃO:
Para se evitar que a água da chuva fique empoçada sobre a manta, deve-se instalar no nível da manta um dreno. Água acumulada apodrece e começa a exalar mal cheiro.
No desenho abaixo, esse dreno está identificado como DRENO-2.
Para que serve o DRENO-3?
4- A SOLUÇÃO DEFINITIVA:
Como diz o ditado popular, o Seguro Morreu de Velho.
Ocorrem, em todo piso a Infiltração Difusa, isto é, infiltrações que a gente não consegue localizar suas origens. Algum canto, algum arremate e até falhas na aplicação e colagem das mantas podem permitir a infiltração de água para baixo da manta.
Caso isso venha a ocorrer, como essa água que infiltra para baixo da manta poderia ser drenada?
A função do DRENO-3 é uma segurança adicional e se por algum acaso vier a ocorrer alguma infiltração difusa e com isso alguma água conseguir penetrar no espaço de baixo da manta, então ela poderá ser drenada pelo DRENO-3.
CONTINUA AMANHÃ OS POSTS SOBRE MANTA.

Fonte:  http://www.ebanataw.com.br/infiltracoes/caso24.htm



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