Lideranças e simpatizantes do movimento LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e travestis) participaram do evento “Café com Direitos”, realizado na OAB/Duquede Caxias, dia 31 de maio, com o foco no tema “União Homoafetiva”. O evento, uma iniciativa da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (SMASDH), foi promovido pela Subsecretaria de Direitos Humanos, com a coordenação do setor de Políticas e Promoção de Igualdade Racial e Direitos Humanos (COMPPIRD).
Evento contou com apresentação artística da transformista Fabi Blanche
O objetivo do evento foi discutira implementação de programas e projetos voltados para promoção de políticas públicas voltadas para a população LGBT no município de Duque de Caxias. Estiveram presentes a subsecretária de Direitos Humanos, Ana Lúcia Dinamite; a coordenadora do COMPPIRD, Júlia Paula Moraes, o coordenador do Centro de Referência da Cidadania LGBT- Baixada I, Ernani Alexandre; a advogada do órgão, Bianca Pontane, o usuário do Centro, Marcos da Costa Lopes, o assessor técnico da COMPPIRD para questões LGBT, Ronaldo Florindo, e a assessora jurídica da Subsecretaria de Direitos Humanos, Simone Nogueira.
Ana Lúcia Dinamite destacou o comprometimento da atual administração na promoção de espaços de discussão e elaboração de políticas públicas que atendam as demandas suscitadas pela população LGBT. A coordenadora do COMPPIRD, Julia Paula, observou que as parcerias entre os diferentes órgãos têm o foco na garantia de direitos da população LGBT, e desmitificam Duque de Caxias como uma cidade homofóbica, com altos índices de violência contra os LGBTs. “O que temos hoje é uma cidade que discute e promove ações capazes de atender as necessidades deste público e que já apresenta avanços significativos no desenvolvimento de políticas públicas de atendimento voltadas para esta clientela”, destacou.
Depoimentos e propostas foram apresentados na solenidade da SMASDH
O coordenador do Centro de Referência LGBT, Ernane Alexandre, e a advogada Bianca Pontane, falaram sobre a União Homoafetiva, ressaltando a importância do reconhecimento da mesma como uma entidade familiar constitucionalmente protegida. Eles destacaram a necessidadede um processo de conscientização que permita à sociedade entender a família como um núcleo, cujas relações se sustentam pela questão da afetividade e não pela diversidade de sexos e nem pela questão da procriação.
O usuário Marcos da Costa Lopes emocionou os presentes quando compartilhou sua experiência de vida, marcada por anos de infelicidade, vivência de um casamento imposto por sua família, que o impediu de assumir sua verdadeira identidade sexual. A advogada da Subsecretaria de Direitos Humanos, Simone Nogueira, fez algumas pontuações sobre questões de adoção por casais homossexuais, temática do próximo Café com Direitos.
Ao lado de Ana Dinamite, Júlia Paula destaca a importância do Café com Direitos
O evento foi encerrado com a dramatização “Conversas de Maria”, uma apresentação musical com a transformista Fabi Blanche, na qual foi interpretada a canção “Como nossos pais”.
Texto: Luiz Filho
Fotos: Antonio Carlos Oliveira
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