Construíram um "baita" prédio de 30 andares que alterou o fluxo de água subterrânea da região.
Trincas causadas por terceiros
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Hoje em dia (até para diminuir o custo do condomínio) é comum alugar o espaço da cobertura para propaganda, para colocar uma antena de rádio ou TV e até mesmo para instalar uma estação rádio base para telefonia celular.
Mas deve-se tomar muitos cuidados para que o terceiro não prejudique o seu prédio. Contrate um Perito para acompanhar todo o serviço que será realizado pelo terceiro.
Veja a foto de um caso real em que a estrutura de sustentação de uma estação rádio-base está danificando o prédio por causa de um apoio mal projetado:
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Veja a foto de um caso real no município de São Paulo - Três sobrados são derrubados por obra que estava sendo construída no vizinho - Folha de S.Paulo de 08/01/2006. |
12 - ERRO DE PROJETO: |
Por falha na concepção da esturura do prédio, há partes em desarmonia com o resto.
Trincas por muitos problemas na laje de cobertura
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Laje exposta é problema:
1 - Esquenta muito. Precisa então colocar um isolante térmico. 2 - Infiltra água da chuva. Precisa então colocar uma manta impermeabilizante. 3 - Coloca-se hastes para pára-raios, sinaleiro, antena de TV, etc. Só que esses elementos não devem ser fixados diretamente na laje. 4 - A laje exposta dilata muito causando problemas nas paredes laterais.
Veja a foto de um caso real:
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Trincas por falhas na estrutura do telhado
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Muitos pensam que é fácil fazer um telhado.
Veja a foto de um caso real:
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Na foto acima, vemos pontaletes apoiados diretamente sobre a laje.
Isso causa o surgimento de inúmeras trincas no teto e nas paredes
do quarto que fica logo abaixo.
13 - COLAPSO DE MATERIAIS: |
Os materiais precisam receber proteção.
Fissuras devido ao colapso do revestimento
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Falta de pintura e descuido da manutenção do revestimento externo de paredes do prédio leva à perda do carbonato de cálcio que é o componente que mantém junto os grãos de areia.
A falta de pintura regular, permite que a água da chuva lave o revestimento, levando ao estado que tecnicamente chamamos de colapso do revestimento.
Veja a foto de um caso real:
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Você sente que a parede está com problemas por que ao
passar a mão a areia sai com facilidade. Dizemos que a
parede foi "lavada" pelas chuvas.
Trincas por colapso do revestimento asfáltico
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O asfalto é um material muito sensível a óleos e graxas.
Por isso não devemos asfaltar locais em que os veículos freiam muito ou locais em que os veículos ficam estacionados e fazem manutenção.
Veja a foto de um caso real de uma área de estacionamento de caminhões cujo piso, de asfalto, ficou danificado pelos óleos e graxas que pingavam dos caminhões:
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Trincas por colapso do emboço
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Infiltração da água da chuva ataca o revestimento, lava a cal e faz com que o revestimento perca aderência e solta a pintura. A pintura sai inteira.
Veja a foto de um caso real:
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14 - DESTACAMENTOS: |
Azulejos, pisos e revestimentos podem se soltar. |
Trincas devido ao destacamento do revestimento
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Falhas de execução cometidas durante a fase de construção podem desenvolver problemas muitos anos depois.
O concreto armado possui no seu interior armadura de ferro que deve ser protegido da presença de água e umidade.
Quem garante que a armadura não recebe umidade é o concreto bem adensado, bem vibrado quando foi lançado, quando o componente foi concretado.
Veja a foto de um caso real:
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15 - INFILTRAÇÃO: |
Água e outros elementos podem se infiltrar causando danos.
Trincas devido à infiltração de água
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Deficiências na impermeabilização, principalmente na laje do pavimento térreo, facilita a ocorrência de infiltrações.
Ao infiltrar na laje, a água da chuva ataca a ferragem do concreto produzindo destacamentos com lascas de concreto caindo sobre pessoas e carros.
Veja a foto de um caso real:
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Sem conseguir resolver satisfatoriamente o problema de infiltração
de água na garagem, este condomínio não teve dúvidas:
Colocou uma série de telhas plásticas
para evitar que os pingos caissem sobre os carros.
O pior é que esta mancha é difícil de tirar, pois a água de chuva,
além de ácida, dissolve parte do cimento ao infiltrar na laje
e ao cair sobre os carros vai produzir manchas brancas que danificam
a pintura do carro.
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Este outro condomínio fez até um encanamento para conduzir
a água para o esgoto, impedindo desse modo que a água caísse
sobre os carros. O que eles não sabiam é que a água da chuva
que é ácida e a água de lavagem do quintal superior com detergente
são muito agressivas e dissolvem o cimento do concreto produzindo
o enfraquecimento estrutural das vigas e pilares.
16 - MANUTENÇÃO: |
Falhas, imperícias, falta de conhecimento.
Trincas por deficiência na manutenção predial
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Manutenção é coisa séria e deve ser feita regularmente.
Por falar em Manutanção, seu prédio possui um Plano de Manutenção? Além da caixa dágua, os pára-raios, as instalações hidráulicas, o sistema de drenagem e escoamento das águas pluviais, o revestimento externo e todo o sistema de instalações elétricas, de gás, de telefonia, de TV a cabo e internet precisam ser inspecionados de tempos em tempos.
Seu condomínio está com o Arquivo de Documentos Técnica em dia? Têm as principais Normas Brasileiras sobre manutenção predial?
Veja a foto de um caso real de prédio que não recebeu uma adequada manutenção predial:
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17 - FALHA DE INSTALAÇÃO: |
Negligência e imperícias.
Trincas por instalação mal executada
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São muitas as "barbeiragens" praticadas na construção.
No caso abaixo, fixaram uma haste com parafusos chumbados diretamente na laje de cobertura. O problema é que esse parafuso, muito comprido, furou a manta de impermeabilização, o que causou muitas infiltrações e trincas no apartamento de baixo.
Veja a foto de um caso real:
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18 - PATOLOGIAS: |
Microorganismos e insetos podem se instalar nos prédios. |
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Trincas causadas por patologia
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Patologia são doenças que se instalam nos prédios e é difícil erradicar. Fungo, bolor, alga, mofo. São muitos os tipos de microorganismos e muito complexo estudar a sua profilaxia.
Algicida? Bactericida? Fungicida? Antimofo? Pois é! Se você tem um desses problemas, já tentou de tudo e o problema continua, então é hora de contratar um Patolgista de Edificações.
Veja a foto de um caso real:
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Trincas causadas por cupim
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Nas cidades de clima tropical, estamos enxotando os predadores dos cupins para bem longe. Predadores são aqueles que comem o cupim e não deixam eles se proliferarem. Não tem passarinho, nem mesmo pombos.
Então os cupins reinam e se proliferam à vontade.
Além de atacar os móveis de madeira, os cupins atacam também a construção.
Veja a foto de um caso real:
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19 - CORROSÃO: |
Saiba o que é Corrosão eletroquímica ou corrosão catódica. |
Trincas decorrentes de Corrosão Galvânica
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O FENÔMENO:
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Qualquer componente metálico, quando colocado dentro de um meio aquoso tem os seus elétrons positivos atraídos pelos elétrons negativos do meio.
Esse fenômeno, conhecido como galvanismo, é o princípio das pilhas galvânicas. O polo negativo é chamado de cátodo e o positivo de ânodo.
A presença de determinados sais no meio aquoso potencializa o fenômeno.
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Como resultado dessa atração, o metal perde o elétron positivo, isto é, ocorre uma reação química em que o metal (duro) é transformado em um sal solúvel.O sal, sendo solúvel, é carriado pela água. A isso chamamos de corrosão ou mais especificamente corrosão eletroquímica, também conhecida como corrosão catódica. |
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| Esse fenômeno acontece:
- Num cano de água enterrado ou embutido no concreto;
- Num cano de gás enterrado ou embutido no concreto;
- Na armadura do concreto de caixas d´água;
- Na armadura do concreto aparente de fachadas;
- Na armadura do concreto de áreas úmidas;
- Na armadura das fundações de um prédio;
- Nas partes do concreto que recebem água com freqüência.
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COMO RESOLVER?
Uma das soluções é aplicar um revestimento de um material cujo óxido não seja solúvel.
O zinco por exemplo, produz sais insolúveis. Na presença do oxigênio produz óxido de zinco que é insolúvel. Na presença do gás carbônico produz carbonato de zinco que é insolúvel. Na presença de cloretos (água do mar) produz cloreto de zinco que é insolúvel. Na presença de enxofre produz sulfato de zinco que é insolúvel.
É por isso que o zinco é aplicado em boa parte de tubos. O processo de aplicação de zinco chama-se galvanização e o tubo protegido é conhecido como tubo galvanizado.
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MAS NEM SEMPRE É POSSÍVEL APLICAR ESSE REVESTIMENTO.
| Então podemos "oferecer" ânions aos "esfomeados" cátions através de um outro material cuja atividade aniônica seja mais intensa.Essa técnica é conhecida como proteção catódica. Mais uma vez, o zinco é o metal ideal para essa proteção. A adição de certos "aditivos" como o irídio potencializa a propriedade aniônica do zinco.
O material que oferece ânions é chamado de ânodo de sacrifício e vai perdendo matéria ao longo do tempo. Deve estar eletricamente ligado ao metal que desejamos proteger.
Como vai perdendo material, chega um dia em que a proteção catódica deixa de funcionar. |
MAS ...Como podemos oferecer proteção à armadura em situações como esta de pilares sujeitos à ação freqüente de água?
Não basta escovar (mesmo que seja com escova de aço) a armadura enferrujada e refazer o revestimento de concreto (mesmo que enriquecido com aditivos especiais) pois esse revestimento ainda vai permitir a penetração da água. | |
| Existe, no mercado, uma tela chamada TELA-G que ao ser aplicada por sobre a armadura do pilar, faz uma proteção catódica onde a tela funciona como anodo de sacrifício e, dessa forma, a armadura do pilar deixa de sofrer o ataque, isto é, a corrosão catódica.É uma tela especial fabricada com zinco e outros ativadores. |
Outra opção disponível no mercado são pastilhas denominadas pastilha-Z que são empregadas como os espaçadores comuns e amarrados na armadura, ficando entre a armadura e a forma.Da mesma forma que os espaçadores comuns, são feitas de cimento e areia, porém com uma diferença - contém no seu interior uma placa de material de alta atividade aniônica e funcionam como anodo de sacrifício. | |
Todas essas soluções baseadas na inclusão de anodos de sacrifício devem ser calculadas pois o tipo de tela e a quantidade de pastilhas dependem do grau de agressividade catódica do meio.
Amanhã, publicaremos mais uma parte desta matéria.
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